Abrir hotel em Maceió ainda é um bom negócio? Pesquisa indica sinais de excesso de oferta
Publicado em 14 de Novembro de 2018
Com previsão de um acréscimo de mais de 27% no número de quartos até 2022 (de 7 900 a quase 10 mil quartos), o ritmo acelerado de expansão do crescimento da oferta hoteleira em Maceió dá sinais de saturação que pode resultar na depreciação no valor das diárias nos próximos anos.
Essa é uma das conclusões da “Pesquisa de Impacto do Crescimento do Setor Hoteleiro em Maceió”, realizado pela consultoria Prospecta sob encomenda do Sebrae Alagoas e da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas, a ABIH.
De acordo com a pesquisa apresentada nesta terça, no Maceió Mar Hotel, a ameaça de superoferta atinge principalmente o chamado segmento de hotéis econômicos que concentram mais de 100 empreendimentos do setor na capital.
A previsão de inauguração de novos empreendimentos somada à expansão de apartamentos disponíveis para locação a curto prazo via ferramentas como o Airbnb (que já conta com um número anunciado de quartos equivalente a quase 10% da oferta hoteleira) indicaria um cenário de acirramento e risco maior para novos entrantes no mercado.
E apesar da pesquisa indicar que ainda há algum espaço para empreendimentos hoteleiros nos segmentos “midscale”, “upscale” (faixas acima do antigo 3 estrelas), a margem da oferta já estaria perto do limite para se alcançar uma boa taxa de ocupação.
“A pesquisa não tem como objetivo inibir ou desestimular novos investimentos na área, mas apontar os segmentos em que a expansão da oferta não tende a ser acompanhada, no mesmo ritmo, pelo crescimento na demanda, o que pode representar um problema nos próximos anos”, diz o consultor Hugo Nen, que apresentou a pesquisa. “Mas é claro que esse cenário é dinâmico e pode mudar por outros fatores como, por exemplo, uma expansão da malha aérea para Maceió”.
Como o setor aéreo não vive seus melhores dias (e companhias como a GOL passaram a concentrar seus voos no novo hub da empresa em Fortaleza), a pesquisa foi encarada como uma espécie de sinal amarelo para o setor. “Os dados revelam que precisaremos investir muito mais na promoção do destino e na atração de novos voos para mantermos a média na taxa de ocupação na capital”, diz Milton Vasconcelos, presidente da ABIH Alagoas. “Ou seja, o município, o Estado e todo o setor terão um desafio imenso no futuro para que a importância do turismo em nossa economia não fique apenas no discurso”.
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